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Olá Patrícia,
Desulpe-me a intromissão. Mas tb gosto muitos dos persas (como parece vc gostar tb) e sempre lí muito sobre eles. Pelo que eu lí, persas 'show' são sempre 'show', mas 'pequenos defeitos' como os citados por vc (cauda longa, má oclusão, orelhas muito próximas, etc) enseja penalizações, mas não desqualificações, ... , se é que entendi direito. Como não somos (ao menos eu não sou) criadores, e como disse a Roseli, para nós pouco importa o 'padrão' (pet, breeder, show, top), pois p/ 'amar incondicionalmente' um felino, ... , ele nem precisa ser persa. Concordo que os persas com o 'nariz achatado' são mais bonitos 'para se ver', ... , mas reitero, não necessariamente para se 'amar'. Ahhh ! E tem mais, quanto mais achatado - e alto - for o nariz do gato, mais problemas de saúde, e mais cuidados se deve ter ... acredito que eles são muito mais sensíveis. Adotei há alguns dias uma persa 'show' ... é linda (é avó do meu outro persa, que é 'breeder'), mas ela tem dificuldade para respirar e lacrimeja 'demais'. Ela esta comigo há 05 (cinco) dias, e na noite passada ouvi uns sons estranhos, .. , era ela tentando respirar, com a 'boca aberta' e a 'lingua p/ fora'. Ainda bem que, junto com ela, veio um vidro de 'rinosoro'.
Espero que não se importe, mas tomei a liberdade de transcrever do site da 'uol' uma matéria sobre os persas. Confira abaixo ;
"(...)
Muita coisa aconteceu com o Persa depois da primeira aparição em uma exposição na Inglaterra, em 1871. Os criadores trabalharam duro em cima das particularidades desse gato: a aparência de bicho de pelúcia, o porte encorpado e um temperamento totalmente dependente, até então inédito em felinos.
A fórmula agradou. A criação se expandiu a ponto de o Persa dominar a preferência mundial. Entretanto, os criadores desejavam ir além. Mas tiveram que se curvar ao constatar, na busca pela aparência cada vez mais arredondada, limites às alterações genéticas. Acasalamentos feitos na década de 50, logo após a 2ª Guerra Mundial, produziram focinhos mais curtos em Persas vermelhos (red) e em listrados de vermelho (red tabby). Foram apelidados de Peke-Face , em alusão aos cães pequineses, de cara chata. Cerca de 20 anos depois, na década de 70, muitos Persas de cores variadas chamados de Pig-Face (cara de porco), tinham as feições mais chatas ainda.
Cães & Cia divulgou há dois anos, na edição 184, um alerta feito pelo Fife em 1993. Pedia aos filiados para abandonar a produção de Persas com a cara achatada demais. Os focinhos excessivamente curtos haviam "empurrado" o nariz e as orelhas exageradamente para cima, causando diversos problemas de saúde. Entre eles, prejuízo à respiração devido a narinas estreitas; irritação e infecção ocular por causa de ductos lacrimais estreitos ou sem orifício; problemas locomotores por falta de desenvolvimento do cérebro devido à perda de espaço no crânio e boca permanentemente semi aberta pelo deslocamento dos maxilares.
Para saber a situação atual da raça, foram ouvidos três presidentes e três diretores das cinco entidades gatófilas mais importantes do mundo. Afirmaram com unanimidade que os Persas com cara excessivamente achatada não são mais aceitos. Essa orientação é seguida também no Brasil.
A identificação do excesso de achatamento é bastante fácil. A ponta do nariz fica mais alta que a extremidade inferior dos olhos. A inserção (base) das orelhas se torna também alta demais, acima da linha do topo da cabeça, além da língua permanecer fora da boca. Porém, os padrões oficiais, continuam pedindo narizes achatados sem estabelecer limites. A C F A, por exemplo, descreve o Peke-Face como um gato de nariz muito curto, posicionado entre os olhos (portanto acima da sua linha inferior, contradizendo as regras atuais) e orelhas colocadas ligeiramente mais altas. "Peke-Faces" não são mais criados nos EUA, nem são vistos Persas com a cara excessivamente achatada nas exposições americanas", justifica Diana Dienberj, diretora da CFA. Realmente, mesmo no Brasil, a maioria dos criadores já conhece essas diretrizes e trabalha para manter seus Persas dentro delas.
A única entidade com os padrões já afinados com a nova orientação é a inglesa G o v e r n i n g C o u n c i l o f C a t F a n c y (G C C F), não representada no Brasil. Além de não conceder pedigree nem títulos a Persas com nariz acima da linha superior dos olhos, proíbe narizes achatados com narinas estreitas em qualquer raça, justamente por causa dos problemas de saúde.
O desachatamento da cara gerou criações diferentes, mas todas com nariz abaixo da linha inferior dos olhos. Os focinhos dos Persas ingleses são mais longos e os dos americanos, mais achatados. Entretanto, desde que não haja sinais de achatamento excessivo, o comprimento torna-se uma questão de gosto.
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Fonte : http://familiapet.uol.com.br/gatos/raca ... chatar.htm
Abs
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